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SDAI Não é Receita Pronta: A Importância de Projetar para Cada Tipo de Ambiente

Entenda por que um projeto de SDAI nunca pode ser padronizado e como cada tipo de ambiente exige soluções específicas para garantir eficiência na segurança contra incêndios.



Projetar um Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio (SDAI) é um daqueles trabalhos que parecem simples à primeira vista… até que o profissional começa a olhar de perto cada detalhe do ambiente, do uso da edificação e das necessidades do cliente. É exatamente nesse momento que surge a verdade que move todo especialista da área: não existe receita pronta para elaborar um projeto de SDAI.


Dois prédios da mesma altura, no mesmo bairro, construídos no mesmo ano, podem exigir soluções completamente diferentes. Seja pelo fluxo de pessoas, pelos materiais presentes, pelo nível de risco, pelas normas específicas ou até pela operação diária.


É por isso que, na prática, copiar e colar nunca funciona quando se fala em SDAI.



/// Ambientes diferentes, soluções diferentes


Cada espaço apresenta uma combinação particular de riscos, exigências e comportamentos. Projetar um SDAI significa interpretar esses elementos e traduzi-los em um sistema que realmente funcione quando necessário.


A seguir, alguns exemplos que ilustram essa diversidade.



1. Grandes indústrias

Em ambientes externos de indústrias, muitas vezes, é necessário utilizar dispositivos de alta resistência.


Nesses casos, o projeto costuma prever:

  • Dispositivos a prova de tempo.

  • Sistemas endereçáveis são mais recomendados.

  • Integração com sistemas complementares, como sprinklers e automações industriais.


2. Escritórios corporativos

Já em escritórios, o desafio muda. Talvez seja necessário adequar o sistema de segurança ao conforto visual e estético do ambiente.


Aqui, podem ser utilizados:

  • Sistema wireless que evita quebrar paredes para infraestrutura de cabos. 

  • Dispositivos de embutir que podem deixar o sistema mais discreto. 


3. Garagens e cozinhas industriais

Esses ambientes costumam ter variações bruscas de temperatura e emissão de muita fumaça. Portanto, um detector de fumaça ou de temperatura comum podem não ser a melhor opção, pois corre o risco de falsos disparos. Aqui, será mais interessante o uso de detectores de temperatura fixa e com uma classe de acionamento mais elevada, necessitando de uma temperatura maior para o disparo.


4. Prédios residenciais de pequeno porte

Em prédios residenciais o foco pode estar na clareza das rotas de fuga, além de sistemas de simples operação. Portanto, prefira sistemas convencionais de baixa complexidade. 



/// Projetar exige conhecimento


Um projeto de qualidade é, antes de tudo, uma interpretação. Ele exige:

  • Conhecimento técnico profundo.

  • Entendimento real da rotina e do risco da edificação.

  • Escolha criteriosa de cada dispositivo.

  • Sensibilidade para ajustar soluções ao que o cliente realmente precisa.


Projetos que tentam padronizar tudo acabam ignorando riscos importantes ou instalando dispositivos inadequados. E, quando falamos de segurança contra incêndio, isso é simplesmente inaceitável.



/// Personalização é compromisso e qualidade


No universo do SDAI, cada detalhe importa. Do tipo de detector ao modelo da central, de como os setores são divididos até como os dispositivos são distribuídos, tudo precisa fazer sentido para aquele ambiente específico.


E é justamente por isso que a pensar especificamente para cada projeto não é um luxo: é uma obrigação.


Quando o assunto é segurança contra incêndio, esqueça qualquer ideia de padrão universal. Não existe copiar e colar. Não existe projeto igual ao outro, porque pau que bate em Chico NÃO bate em Francisco.


Confira mais detalhes sobre a importância de entender cada ambiente e especificidade antes de elaborar o projeto de SDAI no PrevCast dessa semana.

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