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O Que Deve Ser Levado em Consideração na Hora de Dimensionar a Infraestrutura e o Cabeamento no Projeto de SDAI

O dimensionamento da infraestrutura e do cabeamento em um projeto de SDAI vai muito além da instalação de cabos. Envolve seguir a NBR 17240, garantir continuidade do sinal, prever expansões e assegurar que cada detalhe técnico contribua para a segurança e a confiabilidade do sistema.



Imagine que o sistema de detecção e alarme de incêndio (SDAI) de uma edificação seja o sistema nervoso do corpo humano. Os detectores e acionadores são os sentidos que percebem o perigo. A central, o cérebro. E os cabos? São os nervos que conectam tudo, levando e trazendo informações.


Agora imagine o que aconteceria se um desses “nervos” fosse interrompido, mal conectado ou sobrecarregado. O sinal não chegaria ao seu destino e, em uma situação de emergência, segundos de atraso podem custar vidas.


É por isso que o dimensionamento correto da infraestrutura e do cabeamento em um projeto de SDAI não é um detalhe técnico: é o alicerce da segurança.



/// A norma ABNT NBR 17240 é clara: nada de improvisos


De acordo com a ABNT NBR 17240, responsável por estabelecer os requisitos de projeto e instalação dos sistemas de detecção e alarme de incêndio, o cabeamento deve garantir a continuidade e a integridade do sinal durante toda a operação.


Isso significa que os condutores e conexões precisam ser dimensionados e instalados de modo a resistir a esforços mecânicos, interferências eletromagnéticas e críticas como altas temperaturas.


Em outras palavras: cabos, conexões e trajetos precisam ser pensados para não falharem quando mais forem necessários. Improvisos, gambiarras ou reaproveitamento de infraestruturas de outros sistemas simplesmente não cabem em um projeto de segurança contra incêndio.



/// Instrumentação e independência dos sistemas


Outro ponto essencial é a instrumentação correta. Os cabos de um SDAI não podem compartilhar eletrodutos, leitos ou dutos com outros sistemas elétricos.


Essa separação física é uma exigência de segurança, pois evita interferências e curtos-circuitos que possam comprometer o funcionamento do sistema.


Em um edifício moderno, é comum ver dezenas de cabos e condutores (de rede, telefonia, automação, iluminação, segurança patrimonial, entre outros) correndo lado a lado. No entanto, o SDAI deve ter uma infraestrutura própria, independente e identificada, garantindo que seu desempenho não seja afetado por nenhum outro circuito.



/// Dimensionamento: boa prática de instalação


Uma boa prática de instalação é considerar o dimensionamento correto da infraestrutura como, por exemplo, permitir em eletrodutos, que seus condutores possam ser instalados e retirados com facilidade. Levar em consideração também o caminho dos cabos para que esse seja o mais direto possível, sem muitas curvas, também é um boa prática.


Sendo assim, é interessante que o projetista tenha em mente essas práticas durante a elaboração do projeto de SDAI.



/// Identificação: o detalhe que faz toda a diferença


Por fim, a identificação adequada dos circuitos e caixas de passagem é outro aspecto presente na norma. A orientação é que possuam etiquetas visíveis, legíveis e resistentes, capazes de suportar o ambiente onde foram instaladas.


Essa prática, que pode parecer simples, é o que garante agilidade e precisão durante manutenções, testes e ampliações.



/// Infraestrutura é sinônimo de confiabilidade


Um SDAI confiável não depende apenas da qualidade dos dispositivos, mas de como tudo está conectado. Dimensionar corretamente a infraestrutura e o cabeamento é construir a espinha dorsal da segurança do sistema.


Assim como em uma orquestra, onde cada instrumento precisa estar afinado para que a melodia faça sentido, um sistema de alarme de incêndio só cumpre seu papel quando todos os elementos estão em harmonia.


Na segurança contra incêndio, a excelência está nos detalhes invisíveis — aqueles que ninguém vê, mas que garantem que tudo funcione quando o alarme tocar.

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