Como Testar e Manter Sistemas de Iluminação de Emergência Conforme a Norma
- joaovitor347
- 28 de out.
- 3 min de leitura
Descubra como realizar testes e manutenções em sistemas de iluminação de emergência conforme a ABNT NBR 10898/2023, garantindo conformidade, segurança e operação confiável em situações de risco.
Você já conferiu no nosso blog a importância de um sistema de iluminação de emergência, além de entender as diferenças entre os tipos de sistemas. Sabemos que essa estrutura garante a visibilidade nas rotas de fuga e a segurança em situação de evacuação.
Porém, para que tudo isso aconteça de modo eficaz, não basta apenas projetar e instalar o sistema, é preciso fazer o teste e a manutenção conforme orienta a ABNT NBR 10898 de 2023.
Neste artigo apresentamos um resumo com os principais pontos normativos e boas práticas para garantir conformidade da iluminação de emergência.
/// Manutenção: Uma responsabilidade técnica contínua
Toda e qualquer intervenção no sistema deve ser feita por profissional habilitado, utilizando materiais e produtos que atendam as especificações do projeto.
Além disso, quando o ambiente da edificação passa por reformas ou mudanças de estruturação, a iluminação de emergência também precisa ser reavaliada e adaptada, garantindo a cobertura adequada nos novos espaços.
A norma também determina que todas as ocorrências de falhas ou anomalias sejam registradas e corrigidas em até 48 horas, assegurando que o sistema permaneça plenamente operacional até a próxima manutenção preventiva.
/// Testes e verificações para sistemas com baterias recarregáveis
Grande parte dos sistemas de iluminação de emergência utiliza blocos autônomos ou centrais alimentadas por baterias. Para esses casos, a ABNT NBR 10898/2023 estabelece uma rotina de verificações periódicas:
Mensalmente
Verificar a comutação do estado de vigília para o estado de emergência.
Realizar uma inspeção visual em todas as luminárias, verificando se estão acendendo e sem danos.
Caso exista um sistema de telecomando, testar seu funcionamento.
Semestralmente
Ensaiar a autonomia das baterias.
Verificar o nível de eletrólito nas baterias com eletrólito líquido visível.
Inspecionar os circuitos elétricos de entrada e saída.
Medir as tensões das baterias tanto em flutuação quanto durante o teste de autonomia.
Anualmente
Medir a descarga total até a tensão mínima de desligamento e registrar o tempo real de autonomia com todas as luminárias acesas.
Após o ensaio, recarregar completamente as baterias por 24 horas e repetir a medição inicial.
Esse teste deve ser planejado com antecedência, já que exige a descarga completa das baterias.
/// Sistemas centralizados com grupo motogerador
Para edificações que utilizam motogeradores como fonte alternativa, a norma também prevê rotinas específicas:
Quinzenalmente
Acionar o gerador com as luminárias ligadas e verificar o funcionamento do conjunto.
Fazer inspeção visual do nível de combustível, óleo lubrificante e possíveis vazamentos.
Trimestralmente
Operar o motogerador pelo tempo exigido em norma, avaliando diversos critérios normativos.
Essas práticas mantêm o equipamento em condições ideais de uso e asseguram que, em caso de emergência, ele entre em operação sem falhas.
/// Registro
A norma exige que o responsável pela edificação mantenha registros acessíveis das manutenções realizadas, conforme listado no Anexo D da norma.
Manter esse controle documentado é fundamental para auditorias, inspeções e comprovação de conformidade perante órgãos de segurança.
/// Conclusão
Testar e manter regularmente o sistema de iluminação de emergência não é apenas uma exigência normativa — é uma garantia de segurança e confiabilidade.
A ABNT NBR 10898/2023 define as bases para essa manutenção, mas cabe aos responsáveis técnicos e gestores de segurança assegurarem que as rotinas sejam cumpridas, registradas e revisadas.
Além disso, é fundamental consultar a norma completa para compreender todos os requisitos técnicos e operacionais, bem como verificar as Instruções ou Orientações Técnicas emitidas pelos Corpos de Bombeiros de cada estado, que podem estabelecer critérios complementares para inspeção, periodicidade e ensaios.
Na prática, cada teste é um passo para garantir que, quando a energia falhar, a luz da segurança nunca se apague.




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